sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Debate sobre energia nuclear ausente da conferência de Durban



O debate sobre a energia nuclear  está ausente da conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas  de Durban, quando passaram nove meses sobre o desastre da central japonesa  de Fukushima. 

A 11 de março, um terramoto de 8,9 graus e o consequente tsunami, com  ondas de 10,2 metros de altura, provocaram um acidente na central japonesa,  originando a maior crise atómica no país desde as bombas de Hiroshima e  Nagasaki, em 1945. 
A fusão dos núcleos reatores provocou o aumento da radiação nas zonas  limítrofes da central e cerca de 200 mil pessoas tiveram de abandonar as  suas casas. 
O acidente deu origem a manifestações contra esta forma de obtenção  de energia, nomeadamente na Alemanha, e a chanceler alemã, Angela Merkel,  anunciou o fim da produção de energia atómica no país até 2020. 
Nove meses depois, o debate sobre a viabilidade da energia nuclear,  que não origina emissões de gases com efeito de estufa, está ausente da  conferência da ONU sobre as alterações climáticas, que hoje termina em Durban,  na África do Sul. 
Não houve, até agora, qualquer delegação dos 190 países participantes  a referir a energia nuclear, nem as organizações ecologistas emitiram comunicados  sobre planos nucleares, segurança nas centrais ou gestão dos resíduos radioativos.
"Esta não é uma conferência sobre energia, mas sim sobre clima. Mas  é uma parte da produção energética num bom número de países e é uma energia  que não tem emissões. É bastante raro que não seja mencionada", disse a  diretora executiva da Agência Internacional da Energia, María van der Hoeven.
"De uma perspetiva global, acredito que o desastre de Kukushima não  terá grande impacto. Rússia, China ou Coreia do Sul não mudaram a sua política  nuclear", comentou a responsável. 
 No entanto, "a Alemanha decidiu abandonar a energia nuclear a partir  de 2022, e há um ambicioso plano de renováveis. Parece ser uma oportunidade  para as renováveis a longo prazo, mas a curto prazo, implicará mais utilização  de carvão, petróleo e gás", acrescentou María van der Hoeven. 
O Japão, que participa na conferência da ONU, é um dos países exportadores  de tecnologia nuclear, mas enfrenta uma forte oposição da população face  a esta energia. 
"Dos 54 reatores que temos, somente 10 funcionam atualmente", disse  à EFE o embaixador japonês na África do Sul, Toshiro Ozawa, à margem de  um encontro com jornalistas, a propósito da conferência. 
Segundo o Observatório Mundial de Energia, 7,1 por cento da energia  em 2020 será gerada por reatores nucleares. 

Conferência de Durban discute futuro do Protocolo de Kioto

Representantes de 190 países se reunirão a partir desta segunda-feira, na cidade sul-africana de Durban, para tentar reativar as negociações sobre a mudança climática e decidir o futuro do ameaçado Protocolo de Kioto.
O encontro às margens do Oceano Índico terá quase 12 mil participantes, entre diplomatas, ministros, delegados, especialistas e membros de organizações não governamentais, que debaterão até o dia 9 de dezembro sobre a questão fundamental de limitar a menos de 2 graus (centígrados) o aumento da temperatura global.
"A mudança climática é um tema importante para todos, e isto já está acontecendo, não se trata de algo do futuro", disse em Paris o presidente das Ilhas Maldivas, Mohamed Nasheed.
Durante as últimas semanas, numerosos estudos confirmaram a urgência de se encontrar uma solução, quando são registrados novos recordes de emissões de CO² e se constata uma distância cada vez maior entre as promessas dos países e o que pede a ciência para evitar os efeitos nefastos do aquecimento global.
"Caminhamos para um aumento de ao menos 3º graus se não mudarmos decididamente este rumo", disse o especialista francês Jean Jouzel.
No que diz respeito à aceleração das emissões de CO2, o processo nas Nações Unidas de negociações segue lento e se espera um novo impulso após o fracasso da Cúpula de Copenhague, no final de 2009, apesar dos avanços técnicos obtidos no ano passado em Cancún.
Organizações de defesa do meio ambiente, como a WWF, já manifestaram sua preocupação com a "possibilidade de problemas nas negociações de Durban", devido fundamentalmente à incerteza sobre o futuro do Protocolo de Kioto.
Um primeiro período de compromissos de Kioto termina no final de 2012, e os países em desenvolvimento pedem novos compromissos por parte dos países industrializados em nome de sua "responsabilidade histórica", algo que Japão, Rússia e Canadá rejeitam.
Deste modo, uma eventual prorrogação do Protocolo de Kyoto passa, principalmente, por um novo compromisso da União Europeia, que responde por 11% das emissões mundiais.
Mas a Europa vincula tal compromisso à redação, em Durban, de um acordo que estabeleça as bases de um futuro marco global vinculando todos os países a compromissos para combater o aquecimento global.

domingo, 5 de junho de 2011

Ministra pede que população ajude com a coleta seletiva do lixo



A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou neste domingo (5), em pronunciamento em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, que a população precisa colaborar com a coleta seletiva de lixo. A data em homenagem ao meio ambiente é comemorada neste domingo.
Em pouco mais de dois minutos de pronunciamento, a ministra pediu que a população "pense junto" a questão do lixo, considerda pelo governo como "um dos mais graves problemas do planeta". Segundo a ministra, cerca de 183 mil toneladas de lixo são produzidas por dia no Brasil, sendo que boa parte deste material não é reaproveitado.
"O Brasil deixa de ganhar R$ 8 bilhões por ano por não reciclar tudo que é possível", disse Izabella.
A ministra pediu que a população separe o lixo úmido do lixo seco, o que, segundo ela, auxilia no trabalho dos catadores. Izabella ainda afirmou que o trabalho realizado pelos catadores, muitos reunidos em cooperativas, auxilia na geração de renda do país.
"A simples atitude de separar o lixo facilita o serviço dos catadores", disse.

Biogás substitui lenha no Sertão

A experiência, implantada em dois municípios, tem poupado a caatinga - único bioma exclusivamente brasileiro - e contribuído para reduzir o aquecimento global

Uma tecnologia que transforma esterco em biogás está reduzindo o consumo de lenha e gás de cozinha no Sertão de Pernambuco. A experiência, implantada em dois municípios, tem poupado a caatinga – único bioma exclusivamente brasileiro – e contribuído para reduzir o aquecimento global. Uma boa notícia no Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado neste domingo em todo o planeta.

A agricultora Maria José Moraes Nobre, 44 anos, moradora da localidade Santo Antônio 2, em Afogados da Ingazeira, a 386 quilômetros do Recife, enumera outras vantagens do biodigestor. “Quando cozinhava com lenha era uma fumaceira só. E sair de casa na chuva para cortar lenha, então, era horrível”, recorda. Agora as panelas da casa estão todas limpas, não têm mais tisne. “E me livrei da fuligem na casa, nas roupas do varal, no teto”, descreve.

Ela e o marido, o agricultor Geraldo Nobre Cavalcanti, coletam todas as manhãs cerca de 15 quilos de esterco. As fezes são eliminadas pelos seis bodes e cabras, dez ovelhas e carneiros e sete bois e vacas que criam no sítio, de cinco hectares. No biodigestor, o estrume é misturado à água, na proporção meio a meio. “Agora só uso a caatinga para fazer cerca”, garante Geraldo. Com o resíduo do equipamento, ele aduba a horta e as plantações de milho e feijão.

A família de Maria José é uma das três de Afogados da Ingazeira que passaram a abastecer o fogão com o biogás gerado pelo equipamento. Outra é a de Gilmar Galdino Genésio e Maria da Paz. Na casa deles, também em Santo Antônio 2, o consumo mensal era de um botijão de 13 quilos de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). “Depois do biodigestor, deixei de comprar gás. Nem botijão eu tenho mais em casa. Ganhei mais espaço na cozinha e, principalmente, tenho uma despesa a menos”, assegura Maria da Paz. A economia por mês é de R$ 38 reais (preço médio de um botijão).

Gilmar Galdino Genezio abastece o bio digestor com as fezes do gado

A produtividade do pomar e da horta do sítio, na opinião de Gilmar, aumentou com o uso do adubo tratado. Antes ele usava o esterco natural. “Agora ponho o adubo orgânico, que é sólido, na raiz e o líquido nas folhas. Quando é hortaliça as folhas ficam mais verdes e maiores. As frutas também estão mais graúdas”, avalia.

Além da plantação, o casal tem sete cabeças de gado bovino, 11 de ovino e 50 de suíno na propriedade, de 14 hectares. Gilmar não recolhe esterco todo dia. “Meus três filhos casaram. Sozinho ficou mais difícil dar conta de tudo. Junto o estrume dia sim, dia não. E não tem faltado gás no fogão.”

O gás é transferido do biodigestor, que fica nos fundos da casa, para a cozinha por um cano embutido. As bocas do fogão são adaptadas. “Como a pressão do biogás é menor do que a do GLP, é preciso fazer um furo com uma broca de 1,5 milímetro, para aumentar o orifício do injetor, garantindo a intensidade da chama”, ensina o técnico agrícola Jucier Jorge Silva, da ONG Diaconia.

Oito biodigestores estão em funcionamento, três em Afogados da Ingazeira e cinco em Quixaba. Os equipamentos foram construídos pela ONG Diaconia, formada por 11 instituições evangélicas, com recursos do Projeto Dom Helder Câmara, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e financiado pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrário (Fida).

O custo aproximado de um biodigestor é R$ 1,8 mil, incluindo material e mão-de-obra. Um pedreiro e um servente levam, em média, cinco dias para construir o equipamento. O item mais caro é a caixa-d’água de fibra de vidro com 3 mil litros, que custa R$ 750. “Com a assistência técnica nos primeiros meses, esse valor alcança cerca de R$ 2.300”, avalia o coordenador de Mobilização de Recursos e Comunicação da Diaconia, Joseilton Evangelista.

O equipamento se baseia na decomposição anaeróbica (na ausência de oxigênio) de biomassa. Pode ser usado esterco de qualquer animal, mas o de gado bovino tem se mostrado o mais prático nas pequenas propriedades rurais. “É fácil de coletar porque, para a ordenha, o gado é reunido no curral”, esclarece o engenheiro agrônomo Luís Claudio Mattos, especialista em Incentivos Ambientais do Projeto Dom Helder Câmara.

PCR promove concurso nacional para projeto do Parque da Tamarineira

A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) lançou, neste domingo (5), o Concurso Público Nacional de Ideias para elaboração do projeto urbanístico, arquitetônico e paisagístico do Parque da Tamarineira. O evento faz parte da Semana do Meio Ambiente e as inscrições podem ser realizadas a partir do próximo dia 20.

No site da PCR, ficarão disponiveis o edital, a ficha de inscrição, mapas e o levantamento fotográfico das edificações, como suporte aos interessados, que poderão tirar dúvidas com uma comissão específica de 4 a 29 de julho. As propostas devem ser entregues de 22 a 26 de agosto e o resultado final sairá ate 9 de setembro. A decisão de criar o Parque da Tamarineira foi tomada pelo prefeito João da Costa após uma enquete realizada no site da PCR, que registrou a opinião de quase 12 mil internautas. A área tem hoje 10,5 hectares
A programação completa da Semana do Meio Ambiente, que inclui passeio ciclístico, plantio de mudas, peças teatrais e oficinas, pode ser conferida no site da prefeitura.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Recife vive dia de pânico com boatos de transbordamento de barragens

RECIFE - A cidade de Recife viveu uma quinta-feira de boatos: com a elevação do nível do rio Capibaribe e áreas ribeirinhas submersas - com casebres com água até o telhado - a cidade entrou em pânico, motivado por informações de que a capital pernambucana seria inundada pelo transbordamento de barragens da região metropolitana. Empresas, escolas, repartições públicas terminaram liberando seus funcionários mais cedo e o trânsito ficou caótico. Percursos normalmente feitos em 20 minutos, demoraram quase duas horas para serem percorridos.


A Prefeitura divulgou uma nota informando que "não orientou o fechamento de qualquer estabelecimento comercial, escola ou unidade de saúde devido à elevação do nível do Capibaribe". O Governador Eduardo Campos (PSB) reuniu a imprensa no Palácio do Campo das Princesas para desmentir os boatos e afirmar que a situação estava "sob controle" e não havia motivo para pânico. Ele chegou a citar o exemplo do filho, que nesta quinta foi normalmente à escola, no bairro da Várzea, vizinho ao rio que corta o Recife, depois de percorrer 42 municípios pernambucanos.


- Se a situação fosse de risco, como pai, não teria deixado meu filho ir à escola. É preciso acabar com essa boataria, a possibilidade de enchente em Recife não procede - disse Campos, que esclareceu que o aumento de volume no leito do rio devia-se à coincidência da maré alta, ao excesso de chuvas nas cabeceiras, mas sobretudo à abertura das comportas da barragem do Carpina. A barragem integra o sistema de contenção de enchentes do Capibaribe, que é formado por três outras barragens: Tapacurá, Jucazinho e Goitá, que nesta quinta operavam no limite. Os três reservatórios estavam com volume de água superior a 100% da capacidade.
- A única que ainda não verteu foi a do Carpina, que está com 60% de sua capacidade, mas o ideal é que esteja com a metade. Por esse motivo, decidimos abrir suas comportas, para ir liberando lentamente o excesso de água. São 350 metros cúbicos por segundo - afirmou o Secretário de Recursos Hídricos, João
Bosco de Almeida.
De acordo com o Secretário, a iniciativa foi tomada para que o sistema opere com segurança, no caso de novas chuvas. Com a liberação, o volume do rio Capibaribe subiu muito, obrigando os moradores a deixarem suas casas. Pela manhã, o clima era de apreensão no bairro de Apipucos, na zona norte da capital.
- Se isso não é enchente, é o quê? Moro aqui há 31 anos e nunca vi tanta água. Na enchente anterior, a gente foi avisado, saiu de casa. Mas hoje está sendo uma surpresa, e o pior é que não aparece ninguém para ajudar. O que ajuda é o projeto solidário que os moradores fizeram, com quatro canoas para transportar os móveis dos vizinhos - afirmava Pedro Luiz Soares, o Mestre Peu, muito popular no bairro.
- Se não fosse o nosso projeto solidário, já tinha morrido gente afogada aqui. Teve morador que saiu de casa nadando - dizia ele, que desde as cinco da manhã, colocou as canoas no rio para transportar os vizinhos.
Morador do local há 18 anos, o pedreiro Severino Vicente da Silva, 28, conseguiu salvar a geladeira, a televisão, o colchão, e algumas roupas.
- Mas perdi o guarda-roupa e uma estante. Saí de casa com água na cintura - disse.
Mãe de dois filhos gêmeos de quatro anos, Alaíde Maria Bezerra da Silva Santos, de 40 anos, só teve tempo de pegar os documentos.


- Na quarta-feira à noite passou o pessoal da Comissão de Defesa Civil do Recife (Codecir) avisando que a gente devia sair. Mas nunca pensei que a água chegasse nesse ponto. Não acreditei que chegasse em minha casa. Estou desesperada, só salvei os documentos - contava, chorando.
Jeane Maria da Silva, 41, foi a primeira a alertar os vizinhos. Ela acordou por volta de três da manhã para ir ao banheiro e se deparou com água na altura do joelho:


- Foi tão ligeiro, que quando saí já tinha água na cintura. A sorte foi que meu marido tem uma canoa, botou as coisas dentro do barco e salvou a gente e alguns pertences - relatou.
Célia Maria do Nascimento, 42, relutou em sair de casa, mas no início da tarde teve que deixar o imóvel com netos e filhos:
- O rio vem cheio de bicho, já matei escorpião e três cobras - dizia.
O aumento do volume do rio terminou por alagar outras regiões da cidade, inclusive no bairro da Várzea, onde estudava o filho do governador.
- Não há motivo para pânico, mas as casas que foram construídas na calha do rio, essas serão invadidas mesmo, com água até o telhado. Mas as populações dessas áreas foram devidamente avisadas - afirmava o Secretário.
No bairro de Casa Forte, no entanto, houve áreas onde o comércio fechou as portas. Foi o caso do Shopping Plaza Casa Forte, que teve o principal acesso inundado, o que obrigou o centro comercial a suspender o atendimento no final da tarde. O Shopping é o principal centro de compras da zona norte. A Codecir distribuiu uma nota informando que a situação "se encaminha para a normalidade" ao contrário "da onda de boatos nas redes sociais", que também foram contaminadas pelo clima de insegurança na cidade.
Em Recife, a última grande enchente ocorreu em 1975, quando mais de 80% da capital foi atingida pela inundação do rio Capibaribe, o que levou o governo federal na época a implantar o sistema de contenção de enchentes, que já livrou a cidade de outras tragédias equivalentes. Recife está praticamente no mesmo nível do mar e foi erguida sobre aterros no rio Capibaribe, que transbordava quando chovia em suas cabeceiras.




REPRESENTANTE DA CÂMARA DE COMÉRCIO BRASIL-PORTUGAL FAZ VISITA À PREFEITURA

O secretário de Meio Ambiente da Prefeitura do Recife, Roberto Arrais, recebeu nesta quinta-feira (19), em seu gabinete, a visita do representante da Câmara de Comércio Brasil-Portugal em Lisboa, Renato Leal. A audiência também foi acompanhada pelos empresários Miguel Henrique (Lena Ambiental e Gestão de Resíduos) e Liliana Soares, da Ecochoice Construções Sustentáveis, além do coordenador de Planejamento do Instituto Pelópidas da Silveira, Romero Pereira.

Na ocasião, Roberto Arrais lembrou que a transformação da Diretoria de Meio Ambiente em secretaria foi uma iniciativa pessoal do prefeito João da Costa, que defende um desenvolvimento sustentável em sintonia com as normas globais de proteção ambiental.

Roberto Arrais também aproveitou o encontro para fazer uma explanação sobre os trabalhos desenvolvidos pela sua secretaria e os principais problemas ambientais enfrentados pelos governos e sociedade civil em todo o mundo. No caso do Recife, ele citou projetos importantes em andamento que estão levando em conta o respeito à natureza, como a Via Mangue e o Capibaribe Melhor.

Já os empresários Miguel e Liliana falaram sobre as expectativas de investimentos na capital pernambucana. Eles também fizeram questão de apresentar suas visões sobre a importância para a humanidade dos empreendimentos com responsabilidade social e ambiental.

A Ecochoice é uma empresa de consultoria que desenvolve projetos na área de engenharia pautados na sustentabilidade. Já a Lena Ambiental tem grande experiência em gestão de resíduos sólidos, através de consórcios públicos e privados. O encontro na PCR estabeleceu o início de uma possível parceria Recife-Portugal na área ambiental.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

PE e as fortes chuvas: É possível evitar tantas tragédias?

Nos últimos anos, esta se tornando “comum” nas épocas de inverno – de muita chuva, Pernambuco figurar nas manchetes dos principais jornais de todo o País. Mais o que poderia ser feito para evitar tantas tragédias?

Por Anderson Diego*

Entristece-nos ver tantas tragédias, caos urbano e desorganização das nossas Cidades diante dessas catástrofes naturais. Reforçadas pela forte influência da ação do homem na natureza: desmatamento, ocupação das zonas ribeirinhas, poluição, além é claro, da falta de planejamento urbano das Cidades.

O que poderia ser feito? Como mudar ou melhorar este quadro? Adianto algumas soluções que poderiam ser dadas a todas estas problemáticas:

1º Antecipação ao problema: é preciso existir políticas que viabilizem o mapeamento das áreas de risco, que busquem prevenir as pessoas e os órgãos responsáveis (através dos estudos científicos e das análises de dados) donde poderá chover, e desta forma, evitar tantas tragédias, tantos transtornos e perdas.

2º Reforma Urbana: é nítido, principalmente, nas Cidades Pólos (Recife e a Região Metropolitana, Vitória de Santo Antão e a Zona da Mata, Caruaru e o Agreste, Petrolina e o Sertão do São Francisco, dentre outros grandes centros) toda vez que o inverno, e assim, as épocas de chuvas chegam, o caos urbano se forma. Seja pelo crescimento descontrolado desses centros urbanos, seja pela falta de estrutura dessas Cidades: trânsito caótico, precariedade no abastecimento d’água, moradias em áreas de risco de deslizamentos e de inundações, e principalmente, pela falta de qualidade de vida das pessoas – falta de espaços para lazer, práticas esportivas e áreas de preservação ambiental. Portanto, para mudar este quadro, é preciso desenvolver Planos Pilotos nestas Cidades em consonância com as suas peculiaridades. Pensando na qualidade de vida das pessoas como principal “bem”.

3º Relações entre os Poderes Públicos e a Sociedade: é fundamental e necessária a convivência harmônica entre os poderes públicos, principalmente, os Governos Municipais, Estadual e a União. Buscando disseminar as informações e compartilhar os investimentos. Entre a sociedade é importante debater, acrescentar e programar as suas ações e projetos.

4º Projetos, Investimentos e Acompanhamento Permanente: todas as ações, programas e decisões possuem um custo, ou seja, necessitam de recursos e projetos! Para tanto, é necessário “planejar” investimentos que viabilizem as ações de prevenção, estruturação das Cidades e sobrevivência das pessoas diante do caos das enchentes e deslizamentos (alojamentos, moradias populares – buscando retirar as pessoas das zonas consideradas de risco, hospitais adequados a estes tipos de urgências e atendimentos – reforço de suporte através de helicópteros, ampliação de UTI’s, etc., além das necessárias reservas de mantimentos).

Outro fator importante, esta relacionado ao aumento necessário e gradativo dos investimentos para a ampliação do corpo técnico das Defesas Civis nos municípios e no Estado, além do melhoramento dos serviços metereológicos, através da contratação de pessoal e dos investimentos na atualização dos instrumentos tecnológico. Por fim, é fundamental investir no melhoramento das estradas e vias de acesso (fator logístico) para que o desenvolvimento e este ciclo de interiorização dos recursos e empreendimentos em Pernambuco não parem!

Encerro, prestando solidariedade a todas as famílias que estão desabrigadas, que sofreram perdas de entes queridos (algo irreparável), como também, pela perda de seus preciosos bens que são conquistados com tanto esforço e suor!

*Especialista em Administração de Marketing (FCAP – UPE)

Seminário define as ações do governo para os próximos três anos

Representantes de instituições sociais, secretários de governo e prefeitos da Região Metropolitana do Recife participaram nesta segunda-feira (30), no Teatro Guararapes, do seminário Todos por Pernambuco. O objetivo era definir as ações que o governo deverá adotar nos próximos três anos.

“Essa é uma ação proveitosa e deve desembocar no conselho de desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife, que tem um papel importante na economia do estado por concentrar grande parte da população do estado”, afirmou o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes.

Durante o encontro, foram definidas seis áreas de discussão: educação e cultura, saúde, desenvolvimento social, segurança, infraestrutura, desenvolvimento econômico e sustentabilidade. Os secretários de governo responsáveis por cada um desses temas ouviram e discutiram as principais propostas apresentadas pelos grupos.

“Fizemos valer o poder de representação através dos canais de organização da sociedade que puderam planejar e definir as prioridades do governo para os próximos anos”, avaliou o secretário de Articulação Social do Estado, Sileno Gomes. 

Os representantes dos movimentos sociais também tiveram espaço para apresentar críticas e sugestões ao governador. “Valeu à pena comparecer. A gente pôde criticar e concordar com os assuntos, principalmente na área de habitação”, falou.

Assim como os seminários que ocorreram no Sertão, Agreste e Zona da Mata, o da Região Metropolitana também vai ser usado na elaboração do plano de ações para os próximos anos em todo o estado de Pernambuco.

“A expectativa é concluir o processo de planejamento com a participação da sociedade e aproximar o Pernambuco real do social para fazer as mudanças necessárias para melhorar a qualidade de vida da população da Região Metropolitana”, espera o governador Eduardo Campos. 

Celpe troca lâmpadas fluorescentes queimadas por novas no Shopping Tacaruna

Ação segue até o próximo dia 5 e funcionará no estacionamento, das 9h às 20h

A partir deste sábado (28), a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) estará no Shopping Tacaruna trocando lâmpadas fluorescentes queimadas por novas. A ação segue até o próximo dia 5 e funcionará no estacionamento, das 9h às 20h.

Cada cliente poderá trocar até três aparelhos, basta apresentar a última fatura da conta de energia quitada. O estande ainda recolherá pilhas, baterias e eletrodomésticos usados para realizar o descarte adequado.

O caminhão do Projeto Educação com Energia também aportará no centro de compras para ministrar palestras educativas sobre preservação do meio ambiente e consumo consciente de energia, das 9h às 17h, entre os dias 30 de maio e 5 de junho.

A empresa aproveitou a ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho, para realizar a ação.
Com informações da assessoria de imprensa da Celpe.

Porto de Galinhas recebe exposição com obras feitas de material reciclado

Domingo - 29/05/11 21h00

A mostra, com quadros, esculturas e objetos da artista plástica Ziza Pantoja, começa nesta quinta-feira e segue até o próximo sábado

Uma exposição de quadros e objetos feitos a partir de material reciclado vai comemorar a Semana de Meio Ambiente, com o tema Floresta e Sustentabilidade, em Porto de Galinhas, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife. A mostra “Mãos que transformam lixo, mãos que preservam o mundo”, com as obras da artista plástica Ziza Pantoja, começa nesta quinta-feira (2) e segue até o próximo sábado (4).

Os quadros e os objetos expostos apresentam técnicas e formas harmônicas de grafismo indígena. Entre as obras expostas, estão esculturas feitas com latinhas de refrigerantes e uma mostra da coleção "Latinha e Companhia 2014" referente à Copa do Mundo que será realizada no Brasil.

Para conferir a exposição, o público deve ir à Praça do Relógio, que fica na orla de Porto de Galinhas. O horário de visitação é das 9h às 17h. Mais informações sobre a artista podem ser obtidas em seu site.
http://www.zizapantoja.com/

 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A impotância da Educação Ambiental no Recife/PE

Educação Ambiental é um novo conceito de educação voltada para a sustentabilidade do ambiente e da sociedade. A problemática do lixo é uma questão urgente e essencial para a qualidade de vida.


EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A SUSTENTABILIDADE

Educação Ambiental é um novo conceito de educação voltada para a sustentabilidade do ambiente e da sociedade que se ver as voltas com problemas ambientais que podem ser revertidos, bem como outros que não podem mais ser modificados. Neste contexto, a mudança de hábitos e paradigmas tem a escola como principal meio de difusão para a melhoria da qualidade de vida das pessoas em geral.
Ainda existe muita confusão com relação aos conceitos básicos da ecologia, por isso é preciso mostrar que ser ecológico ou estudar ecologia não precisa slogans do tipo, “salve o planeta”, “não preciso do meio ambiente quero ele interiro”
Com relação a educação ambiental no Brasil ainda é preciso orientações sobre a prática da educação ambiental, pois a mesma deve ser voltada para a mudança de postura, hábitos e paradigmas para a sustentabilidade ser uma realidade. Em outras palavras é preciso que uma diretriz que seja voltada para o exercício da educação ambiental na formação da cidadania.
 Uma possibilidade é assumir a transformação individual como meio para a sociedade brasileira atingir, ao longo de um certo tempo, uma conduta ambientalmente responsável (transformar-se para transformar). Um outro direcionamento, ao contrário do anterior, considera a transformação individual como decorrente do engajamento do sujeito num projeto coletivo para construção de práticas sociais ambientalmente saudáveis (transformar-se transformando).
Durante milhares de anos o homem fez uso dos recursos naturais de forma irresponsável, tinha-se a falsa idéia de que todos os recursos incluindo a água eram renovável e inesgotável, porém a realidade tem mostrado outras realidades muitas delas não promissora.
Mas a partir da revolução industrial ocorrida no final do séc. XIX houve uma grande transformação na quantidade e na composição dos resíduos gerados pela sociedade. É possível lembrar que a destruição da natureza ou da base material da produção caracteriza a crise ecológica como uma crise de civilização
 De acordo com Vieira (2002, p.32) "as teorias de desenvolvimento econômico do século XX, assim como as políticas econômicas decorrentes, sempre ignoraram a condicionalidade ambiental, considerada apenas uma externalidade".
A problemática do lixo é uma questão urgente e essencial para a qualidade de vida no planeta. O crescimento desordenado das grandes cidades provocado pela expansão da atividade industrial ocasiona impactos ambientais seríssimos, prejudicando as condições de saúde da população urbana. Os problemas causados pelo lixo quando descartado em local inapropriado é um fator que pode causar problemas de saúde a uma população inteira, partindo do principio que até mesmo os recursos naturais são contaminados e que o homem está localizado no topo da cadeia alimentar, isso implica que o homem é o principal agente conataminante e o principal agente sofredor das conseqüências da sua imprudência.
A idéia de preservação ambiental começou na Europa com o início das atividades industriais e os impactos causados por ela. Este cenário promoveu o surgimento da necessidade de contemplação da natureza, e o início de uma consciência ecológica que impulsionou algumas discussões de como conservar as áreas representativas da vida natural no planeta, começando pela necessidade de um consumo sustentável.

Atividade - Caça-Palavras - Ache 9 palavras referente à Educação Ambiental.

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