Na revista Veja da semana passada saiu uma materia muito legal sobre a nova energia solar... confira quando puder...
Enquanto isso publico abaixo uma materia sobre o mesmo assunto, confira...
Imagine gerar energia elétrica em sua casa usando uma película
plástica, fina e transparente. O produto, que mais parece saído de
filmes de ficção, promete colocar o Brasil na vanguarda da geração de
eletricidade por meio da energia solar. Trata-se da tecnologia
fotovoltaica orgânica (OPV), sigla em inglês, que deve, já em 2015,
tornar-se realidade no país, que, por outro lado, ainda tem 1 milhão de
casas sem energia elétrica. A pesquisa começou a ser desenvolvida em
2007 pela empresa CSEM Brasil, instalada no parque tecnológico do
Senai-Cetec, no bairro Cidade Nova, em Belo Horizonte.
Em breve, a tecnologia poderá ser vista em janelas de residências,
revestimentos de prédios, automóveis, vestuário e celulares. Segundo o
presidente da CSEM no Brasil, Tiago Maranhão Alves, a tecnologia vai
mudar a mentalidade e o estigma do Brasil.
“Somos pioneiros em um
projeto que pode mudar o futuro de nossos filhos”, diz o engenheiro
pernambucano, que está há cinco anos na capital mineira e não esconde a
satisfação com os resultados. “A tecnologia fotovoltaica orgânica de
filmes finos coloca o Brasil em outro patamar.” Os investimentos no
projeto, entre 2008 e 2012, chegam a R$ 50 milhões, com recursos do FIR
Capital, Fapemig, BNDES e da própria CSEM, filial do Centre Suice
d’Electronique et Microtechnique. Parte desse investimento está sendo
gasto na construção e na adaptação das máquinas, que ainda não são
fabricadas em larga escala. A previsão é de que, até 2023, OPV tenha
mercado 50% maior que outras tecnologias e movimente cifras da ordem de
R$ 20 bilhões no mundo (R$ 1 bilhão até 2019).
A impressão da película, que lembra um pouco a de uma off-set
rotativa, é feita em rolos, o que torna mais fáceis seu transporte e
armazenamento. Para levar a cabo o projeto, a empresa buscou parceria
com universidades na Inglaterra e na Alemanha, além de diversas
instituições brasileiras, como as universidades federais de Minas Gerais
(UFMG), de Ouro Preto (Ufop), de São Carlos (UFSCar), Universidade de
São Paulo (USP). Ao todo, trabalham no projeto 21 pesquisadores de 11
nacionalidades. Além da tecnologia fotovoltaica, o centro de pesquisa
desenvolve a impressão de circuitos cerâmicos para os setores
aeroespacial, mineração, óleo e gás.
Para o engenheiro eletricista Alexandre Henriger, especialista e
responsável pela instalação da energia solar no estádio do Mineirão, a
produção terá alto impacto na economia de Minas Gerais. “Hoje, o preço
ainda é muito alto, como em qualquer tecnologia, mas futuramente será
possível ganhar em escala de produção”, explica Henriger.
Já o diretor de ciência, tecnologia e inovação da Fapemig, Evaldo
Ferreira Vilela, destaca a importância do projeto, mas faz um alerta
quanto ao escoamento da produção, gargalo do Brasil. Isso pode tornar a
indústria menos competitiva. “Falta velocidade nos processos. O Grupo
CSEM quer buscar um modelo eficiente de produção e distribuição. Eles
sabem que não basta produzir, precisa haver velocidade na entrega”,
completa Evaldo.
Fonte: Encontro
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