Reno, que cruza a cidade de Colonia, na Alemanha, já foi um rios mais poluídos da Europa.
Crédito: Koln/Divulgação
Eu (Ivan Firmino) tive a oportunidade de navegar pelos rios e canais de muitas cidades da Europa como o de Veneza e Amsterdam que inclusive gravei videos mostrando e comparando com a cidade do Recife, em breve estarao postados aqui no blog, e essas duas cidades geograficamente se parecem muito com Recife, mas nao sao so essas duas que usam seus rios e canais...
Quem percorre a Europa sente o quanto são bem cuidados os rios e como servem a tantos fins, como o transporte, o passeio, o abastecimento de água, a geração de energia ou o simples deleite de paisagens.
O Reno é usado o ano inteiro para excursões em paquetes de luxo pelas belas cidades da Suiça, França, Alemanha e Holanda, além de ligar uma boa parte do continente por meio de barcaças de carga. O Tâmisa e o Sena atraem milhões e turistas para romântica navegação gastronômica.
O que impede os rios brasileiros, muito mais numerosos, de serem menos poluídos e melhor aproveitados?
Agora mesmo, preconiza-se até a morte do rio São Francisco, que é vital para o Nordeste e serve também, fortemente, à economia de Minas Gerais. Das suas águas depende a geração de energia de Paulo Afonso, Xingó, bem como a agricultura irrigada da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, dentre várias outras utilidades, constituindo fonte essencial de vida de milhares de comunidades.
Capibaribe sofre com assoreamento e despejos de esgoto doméstico e lixo. Crédito: Alcione Ferreira/DP/D.A.Press
O Sudeste vê secarem as represas, sumirem os rios. São Paulo enfrenta a sua pior crise de abastecimento de água de todos os tempos e o problema ameaça se estender ao Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Há, contudo, notícia que devolve a esperança de que essa grave situação seja revertida. Engenheiros e arquitetos reunidos em congresso aprovaram moção de aplauso ao projeto apresentado pelo engenheiro e político João Alves, atual prefeito de Aracaju, que visa a revitalização do Rio São Francisco, com base nas experiências dos países europeus e dos Estados Unidos. Trata-se de estudo meticuloso sobre novas técnicas de restauração e proteção permanente de rios.
Com um investimento bem menor, por exemplo, que as obras de transposição, cuidar-se-ia, desde já, de salvar o Velho Chico, antes que se abata a tragédia anunciada da perda do rio da integração nacional.
E esse mesmo projeto poderia ser aproveitado para restaurar os demais cursos d’água que são grandes riquezas, desprezadas no Brasil.
Lázaro Guimarães, magistrado; comentarios Ivan Firmino, Gestor Portuario
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